Ontem recebi mais um texto da nossa nutricionista querida, como sempre, algo para se refletir e praticar, eu adorei e espero que gostem!
A nossa memória é tudo!
Abraço em todos.
Didier
NUTRIÇÃO & MEMÓRIA
Domingo
à noite, teatro com uma amiga. Combinamos num local que frequentávamos
muito há alguns anos...depois dos quarenta, com certeza são mais que
cinco anos...rsrsrs.
Tudo
certo, ingressos comprados, ela me esperava no local combinado e eu
segura de mim, domingo à tarde não me preocupei em sair com muita
antecedência.
Num
percurso de 35 km que imaginei fazer em 40 minutos saí com 1 hora de
antecedência. Ledo engano, de repente me deu um “branco” quando estava
quase chegando errei a entrada e para fazer o retorno gastei meus 20 minutos
de crédito...rsrsrsr. Minha amiga me liga perguntando onde eu estava e a
única frase possível era: “Estou perdida!” A coitada tentou em vão me
ensinar por telefone o trajeto correto.
Graças a Deus e a um frentista abençoado consegui chegar. Nem preciso dizer que minha próxima aquisição será um GPS.
No final tudo deu certo, cheguei com 15 minutos de atraso, mas a tempo de ver a peça.
Usei
esta situação para ilustrar nosso tema de hoje que é nutrição e
memória. Com o passar dos anos nosso cérebro fica seletivo e acabamos
ficando mais esquecidos.
Existem
evidências que indicam que a ingestão de nutrientes promove melhora no
desempenho da memória e na função cognitiva quando possuem uma dieta
deficiente de nutrientes.
Estudos
indicam que a alimentação desde o nascimento é fundamental para um bom
desempenho do nosso sistema cognitivo e de nossa memória. Pesquisam
indicam que crianças que recebem leite materno apresentam
desenvolvimento cognitivo maior do que as que receberam fórmulas
infantis.
Além
disso, um estudo analisou a alimentação de mais de 1000 pessoas e foi
associada com problemas neurológicos, e verificou que a deficiência de
ácido fólico, assim como níveis aumentados de homocisteína no sangue
(que pode indicar deficiência de ácido fólico, vitamina B6 ou B12), são
fatores de risco para o desenvolvimento de demência e doença de
Alzheimer.
Além
disso, pesquisadores verificaram que pacientes com diabetes que tinham
controle dos níveis de glicose do sangue apresentavam melhor desempenho
cognitivo em comparação aos pacientes com níveis de glicose
desequilibrados, o que reforça a necessidade de uma alimentação
fracionada, ingerindo alimentos a cada 3 horas, em menor quantidade.
Além
de uma alimentação fracionada, é importante seguir uma alimentação
equilibrada em nutrientes e compostos bioativos, que irão promover um
equilíbrio do organismo, fazendo com que todos os nossos órgãos
trabalhem adequadamente, além da memória.
Quando
não for possível através da alimentação atingir as recomendações
necessárias dos nutrientes, uma suplementação pode ser uma estratégia
eficaz para otimizar a nossa memória, lembrando que esta suplementação,
bem como as orientações alimentares devem ser realizadas por um
nutricionista capacitado.
Não
existe um consenso nos estudos sobre determinados alimentos que possam
ajudar a prevenir perdas cognitivas e de memória, mas existem alguns
nutrientes que parecem ter funções importantes, e é a partir destas
informações que devemos buscar alimentos fonte destes nutrientes, sendo
que o seu consumo deve ser diário. São eles:
- Vitamina C: exerce atividade antioxidante - mamão, melão, laranja, água de coco;
-
Vitamina E: também é antioxidante e parece ter ação benéfica secundária
aos benefícios deste nutriente contra doenças vasculares - abacate,
óleo de girassol, peixes;
- Vitamina A e beta-caroteno: são
antioxidantes e regulam a expressão de nossos genes - carne, cenoura,
batata doce, abóbora, tomate, brócolis;
- Ácido fólico: atua como co-fator de reações que influenciam o desempenho cognitivo - feijão, batata, brócolis, vagem;
-
Vitamina B6: atua como co-fator de reações que influenciam o desempenho
cognitivo - frango, banana, cereais integrais, semente de gergelim;
- Vitamina B12: também atua como co-fator de reações que influenciam o desempenho cognitivo - carnes, ovos, leite;
- Ácidos graxos poliinsaturados: regulam a energia na região cerebral e
são componentes da estrutura das células nervosas e da bainha de
mielina que auxilia na rapidez com que as informações são transmitidas
de uma célula para outra - azeite de oliva, óleo de canola, linhaça;
-
Colina: a colina é a percussora da fosfatidilcolina que é importante na
sinalização celular e da fosfatodilserina, que está associada com
melhora da depressão e da função cognitiva. Tem importante função
cerebral essencial para o desenvolvimento dos fetos, protege contra
defeitos do tubo neural e da memória – (está presente na gema de ovo);
- Ferro: sua deficiência diminui o fornecimento de energia e oxigênio ao cérebro - carnes, feijão, lentilha, damasco;
-
Boro: sua deficiência diminui a atividade cerebral e o desempenho
cognitivo, mas seu excesso pode ser tóxico - amêndoas, frutas secas,
suco de uva, feijão, água (dependendo da procedência);
- Zinco: impede a aceleração do envelhecimento do cérebro - carne, frango, peixe, cereais integrais, feijão, soja, lentilha;
-
Carboidratos integrais: mantém glicose no sangue, principal fonte de
energia do cérebro - arroz integral, aveia, farinha integral.
Aproveitem as dicas e boa memória para todos!
( Texto escrito pela nutricionista do blog O Melhor da Vida)